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Conferência Internacional
Atelier 17 - a Gravura no Brasil e nos Estados Unidos: 1900 a 1950

11 e 12 de abril de 2019

Assista à Conferência pelo site do IPTV:
https://iptv.usp.br/portal/video.action;jsessionid=ED7652CD2524F5C24EB4503675C21269?idItem=40472

Organizado pelo Museu de Arte Contemporânea da USP e com a coorganização da Terra Foundation for American Art, a Conferência Internacional Atelier 17 - a Gravura no Brasil e nos Estados Unidos: 1900 a 1950 será realizada no escopo da exposição Atelier 17 e a Gravura Moderna nas Américas, que acontece no MAC USP entre 23 de março e 2 de junho de 2019. A organização também promove o mini-curso gratuito As Mulheres do Atelier 17 com a curadora independente norte-americana Christina Weyl e a produção de uma publicação bilíngue (português/inglês).

A gravura moderna norte-americana vivenciou um período sem precedentes na primeira metade do século XX, em parte devido ao surgimento de estúdios profissionais, departamentos de gravuras em universidades dos EUA e associações especializadas na disseminação de gravuristas. Em 1940, o artista britânico Stanley William Hayter transferiu seu atelier 17 de Paris para Nova York, onde se estabeleceu como pioneiro no desenvolvimento de práticas inovadoras de gravura e foi mentor de uma grande rede de artistas abstratos que praticaram a gravura nos anos 1940 e 1950.

O MAC USP possui dois conjuntos de gravuras – doados ao antigo MAMSP por Nelson Rockfeller em 1951 e por Lessing Rosenwald em 1956 – que somados a um conjunto de gravuras norte-americanas da coleção da Terra Foundation, do Art Institute of Chicago e do Brooklyn Museum de Nova York servem de ponto de partida para as discussões da conferência, que abordará questões como o incentivo à produção e circulação da gravura moderna norte-americana da primeira metade do século XX, reunindo especialistas nacionais e internacionais. O evento será aberto ao público em geral, mas especialmente, aos alunos de graduação e pós-graduação, pesquisadores, artistas, curadores e outros profissionais da área interessados no tema.

A realização deste projeto permitirá mais uma vez, cumprir uma das missões do Museu de Arte Contemporânea da USP, que é promover o estudo e a difusão de seu acervo, assim como a sua conservação, proteção, valorização, ampliação e reconhecimento como patrimônio artístico brasileiro no Brasil e no exterior. O seminário abordará as questões relativas à gravura moderna norte-americana da primeira metade do século XX: incentivo à produção e circulação e reunirá especialistas nacionais e internacionais engajados nesta temática

Informações e Inscrições: cursosmac@usp.br – 11 3091.3559
Alunos de Pós-graduação PGEHA e PGMUs – isentos
Alunos de graduação – 25,00
Público em geral – 50,00

Programa da Conferência(.PDF)


Breve Currículo dos participantes

Ana Gonçalves Magalhães
, Professora Livre-docente, historiadora da arte, Vice-diretora e Curadora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), onde pesquisa a coleção de arte moderna do museu. Publicou sua tese de livre-docência no livro Classicismo moderno: Margherita Sarfatti e a pintura italiana no acervo do MAC USP (Alameda Editorial, 2016), que trata das relações artísticas entre o Brasil e a Itália no Período Entreguerras. É orientadora no Programa Interunidades em Estética e História da Arte e no Programa Interunidades em Museologia, ambos da USP. Em 2016, foi pesquisadora convidada do Getty Research Institute, em Los Angeles, tendo como tema de estudo a história material da escultura Formas únicas da continuidade no espaço, de Umberto Boccioni. Atualmente, é coordenadora do Projeto Temático da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) “Coletar, identificar, processar, difundir: o ciclo curatorial e a produção do conhecimento”.

Ann Shafer é uma curadora independente especializada em gravuras, desenhos e fotografias, focada, particularmente, em Stanley William Hayter e artistas associados do Atelier 17. Foi Curadora Associada de Gravuras, Desenhos e Fotografias no Baltimore Museum of Art, Baltimore, Maryland, onde produziu exposições, adquiriu obras para a coleção do museu, ministrou aulas e dirigiu a feira bienal de gravura contemporânea do museu, entre muitas outras tarefas. Oradora talentoso, suas entrevistas com artistas como Amy Cutler, Jim Dine, Trenton Doyle Hancock e James Siena estão disponíveis no YouTube. Possui mestrado em história da arte pela Williams College, Williamstown, Massachusetts, onde sua tese se concentrou nas aquarelas tropicais de Winslow Homer. Seu diploma de Bacharel em História da Arte é do College of Wooster, Wooster, Ohio, com tema focado nas aquarelas figurativas de Charles Demuth. Foi também assistente curatorial na National Gallery of Art, em Washington, D.C. Iniciou como assistente curatorial no Whitney Museum American of Art, em Nova York, Nova York.

Carolina Rossetti de Toledo é Doutoranda do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo na linha de pesquisa Teoria e Crítica de Arte. Formada em Jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP, ela é Mestre em Estética e História da Arte pela Universidade de São Paulo e Masters in Liberal Arts in the Field of Museum Studies, Harvard University Extension School. A sua pesquisa de mestrado teve como foco o impacto das doações de Nelson Rockefeller na formação do acervo histórico do antigo Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Christina Weyl recebeu seu BA da Universidade de Georgetown (2005) e completou seu mestrado e doutorado em História da Arte na Rutgers University (2012, 2015). Seu novo livro envolve oito mulheres, que trabalharam na oficina de gravura de vanguarda Atelier 17 em Nova York entre 1940 e 1955 (Yale University Press, 2019). O livro revela como o Atelier 17 funcionou como um laboratório excepcionalmente igualitário para revolucionar a técnica, estilo e escala de gravura. Isso facilitou o envolvimento de mulheres artistas com estilos modernistas, proporcionando um fórum para realizações extraordinárias que moldaram a escultura do pós-guerra, a arte da fibra, o neodadaismo e o movimento Padrão e Decoração. Sua pesquisa foi apoiada pelo Metropolitan Museum, Getty Foundation, Mellon Foundation e apoio de outras institucionais. Ela publicou no Art in Print, Print Quarterly, e Archives of American Art Journal e contribuiu para várias antologias e catálogos de exposições. De 2014 a 2018, ela foi Co-Presidente da Association of Print Scholars, uma organização profissional sem fins lucrativos que ela co-fundou em 2014. Antes de seus estudos de pós-graduação, ela trabalhou para uma galeria representando as publicações de um ateliê de artistas de Los Angeles, chamado Gemini G.E.L.

Heloisa Espada trabalha como curadora no Instituto Moreira Salles desde 2008, onde organiza exposições de arte moderna e contemporânea. Doutora em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, em 2011. Realizou pesquisa de Pós-Doutorado sobre as origens da arte concreta em São Paulo junto ao Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, em 2015. Suas pesquisas estão voltadas para a arte realizada no Brasil a partir do segundo pós-guerra, com foco na produção de raiz construtiva e fotográfica. É autora de Hércules Barsotti (Edições Folha de São Paulo, 2013), Geraldo de Barros e a fotografia (Instituto Moreira Salles, 2014) e Monumentalidade e sombra: o centro cívico de Brasília por Marcel Gautherot (2016). Entre as exposições que organizou, destacam-se: As construções de Brasília (Instituto Moreira Salles e SESI/FIESP, 2010), Geraldo de Barros e a fotografia (Instituto Moreira Salles e SESC-SP, 2014) e Anri Sala: o momento presente (Instituto Moreira Salles, 2016-18).

Luiz Claudio Mubarac, nascido em Rio Claro, SP, em 1959, Claudio Mubarac reside desde 1978 em São Paulo, onde se graduou em Artes Plásticas pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP, em 1982. Nos anos de 1994 e 1995, foi professor conferencista de gravura e desenho da instituição, onde defendeu seu doutorado em 1998. Entre 1984 e 2003, lecionou gravura na Fundação Armando Álvares Penteado -FAAP- e foi orientador do Ateliê de Gravura Museu Lasar Segall, cuja coordenação assumiu a partir de 1989. Desde 2004, é professor de desenho e gravura da ECA/USP, com dedicação exclusiva, na graduação e no Programa de pós-graduação em Artes Visuais, tendo obtido a livre-docência em 2010. Como artista, tem trabalhos em acervos de vários museus, como por exemplo, na Pinacoteca do Estado de São Paulo, no MAM/SP, MAM/Rio, MAC/USP, Museu Nacional de Belas Artes, Museu de Arte Brasileira, Museu de Gravura de Curitiba, Centro Cultural São Paulo, Instituto Cultural Itaú, Gabinete de Estampas da Biblioteca Nacional da França, Biblioteca de Alexandria, tendo realizado mais de cento e sessenta exposições desde 1980, individuais e coletivas, dentro e fora do Brasil, com destaques para “Objetos frágeis: a gráfica de Claudio Mubarac”, Pinacoteca de São Paulo, com curadoria de Tadeu Chiarelli (2005/2006), e “Ideias de fabricação: pequeno atlas”, nas sedes do Instituto Moreira Salles, com curadoria de Antonio De Franchesci (2008/2009). Recebeu várias bolsas de estudo em sua carreira, como para as residências na Cité Internacional des Arts, França (1999); no Tamarind Institute, Estados Unidos (1993); London Print Workshop, na Inglaterra (1994) e Civitella Ranieri Center, Itália (1996). Desde 2005 tem feito curadorias para diversas instituições no Brasil, dentre as quais se destacam “O desenho estampado: a obra gráfica de Evandro Carlos Jardim”(2005), que recebeu o Prêmio Bravo de melhor exposição do ano, “Valongo: xilogravuras de Fabrício Lopez” (2009), “Quatro Ensaios Gráficos” (2012/2013) e Imagem(gráfica) 2014/2015, essa em parceria com Carlos Martins, todas para a Pinacoteca do Estado de São Paulo; “Das dez mil faces: a gravura de Madalena Hashimoto” (2008), para o Instituto Moreira Salles; “Gilvan Samico: primeiras estórias”, Centro Universitário Maria Antônia (USP), com Priscila Sacchettin, e “Goeldi/Jardim: a gravura e o compasso”, 2015/2016, para o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.

Peter John Brownlee obteve seu PhD em Estudos Americanos na George Washington University e MA em literatura americana pela Florida State University. Ele é curador da Terra Foundation for American Art, onde suas recentes exposições incluem: Pathways to Modernism: American Art, 1865-1945, co-organizado pelo Art Institut of Chicago, a Terra Foundation American Art e o Shanghai Museum ( Setembro 2018 - janeiro 2019); Continental Shift: Nineteenth-Century American and Australian Landscape Painting, uma exposição e curso universitário organizado pela Art Gallery of Western Australia, pela University of Western Australia e pela Terra Foundation, (julho 2016 a fevereiro 2017); e Picturing the Americas: Landscape Painting from Tierra del Fuego to the Arctic, co-organizada pela Art Gallery of Ontario, Toronto; a Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil, e a Terra Foundation (junho 2015 - maio 2016). Publicações recentes incluem: The Commerce of Vision: Optical Culture and Perception in Antebellum America (Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2018), e o artigo Landscape Painting in the Americas: Charles Sheeler and Tarsila do Amaral, American Art (Verão 2017).

Priscila Sacchettin, Pós-doutoranda no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo (IEB-USP), com pesquisa sobre a pintora Maria Leontina. Doutora em história da arte pela Unicamp, com tese sobre as fotomontagens de Jorge de Lima. Possui graduação (2004) e mestrado (2008) em filosofia pela USP. Curadora das exposições Gilvan Samico: primeiras estórias (Centro Universitário Maria Antonia-USP, 2012) e Contemporary Brazilian Printmaking (International Print Center New York, 2014). Colunista no blog do Correio IMS (Instituto Moreira Salles), com a seção Cartas na Pintura, voltada para a divulgação da história da arte. Entre 2010 e 2012, foi assistente de curadoria de artes visuais no Instituto Moreira Salles (IMS), participando da organização e montagem de exposições. Redatora da Enciclopédia de Artes Visuais do Itaú Cultural entre 2007 e 2011.

Ruth Fine foi curadora da National Gallery of Art, Washington, DC, de 1972 a 2012. Inicialmente (1972 a 1980) como curadora da importante coleção de gravuras e desenhos de Lessing J. Rosenwald, abrigado na Rosenwald’s Alverthorpe Gallery, em em Jenkintown, PA. De 1980 a 2002, foi curadora de gravuras e desenhos modernos e de 2002-2012 como curadora de projetos especiais em arte moderna. Organizou e/ou coordenou mais vinte exposições focadas em artistas americanos do século XX e XXI, incluindo Romare Bearden, Helen Frankenthaler, Roy Lichtenstein, Jasper Johns, John Marin e Georgia O'Keeffe; e o Gemini G.E.L., Graphicstudio U.S.F., e os workshops contemporâneos de gravura da Crown Point Press. Em 1994, coordenou o catálogo raisonné de gravuras de Roy Lichtenstein (com Mary Lee Corlett, revisada em 2002) e foi co-coordenadora (com Elizabeth Glassman), em 1999, do catálogo raisonné de Georgia O'Keeffe, realizado com a Georgia O'Keeffe Foundation. Concebeu e coordenou, também, o projeto The Dorothy e Herbert Vogel Collection: Fifth Works for Fifty States, acompanhando as doações iniciais do colecionador para a National Gallery. Co-organizou (com Richard Field) A Graphic Muse: Prints by Contemporary Women (1987), e contribuiu com ensaios para catálogos de exposições de arte de vários dos artistas observados anteriormente, bem como Mel Bochner, Richard Diebenkorn, Rick Lowe, Martin Puryear, Robert Rauschenberg, James Rosenquist e James McNeill Whistler; e sobre a Tyler Graphics e The Brandywine Print Workshop, entre outros assuntos. Atualmente mora na Filadélfia, onde organizou a mostra Procession: The Art of Norman Lewis, na Pennsylvania Academy of the Fine Arts, cujo catálogo recebeu o prêmio Alfred H. Barr de 2017, do College Art Association for Museum Scholarship; e Martin Puryear: Prints (1962-2016) para o Print Center. No momento, está organizando a exposição The Sound of my Soul: photographs by Frank Stewart para apresentação no outono de 2019, na Harvard University's Ethelbert Cooper Gallery of African & African American Art, Hutchins Center for African & African American Research, bem como a retrospectiva Frank Stewart: Another Slice of Light previsto para 2021. Seus projetos atuais também incluem: ensaios de catálogo de exposições sobre as provas de Jasper Johns, e gravuras e desenhos pré-pop de Roy Lichtenstein; editar os escritos do pintor do século XX, Larry Day; e realizar consultorias na Helen Frankenthaler Foundation. Preside o Conselho da Fundação Roy Lichtenstein e é membro do Board of the Fabric Workshop and Museum, Filadélfia. É presidente honorário do Aspen Institute's Artist Endowed Foundation Initiative.

Silvia Dolinko é doutora em História e Teoria da Arte pela Universidade de Buenos Aires e pesquisadora do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Tecnológicas (Conicet). Diretora do Mestrado em História da Argentina e Arte Latino-Americana do Instituto de Estudos Sociais da Universidade Nacional de San Martín (IDAESUNSAM) e Coordenadora do Programa de Estudos em Cultura Gráfica e Imagem impressa do IDAES. Especialista em história da arte argentina e latino-americana do século 20, sua pesquisa centra-se na história da obra gráfica e da imagem impressa. É autora, entre outros livros, de Arte Plural. A gravura entre tradição e experimentação 1955-1973. Editora dos dois volumes de Travesías de la imagen. Histórias das artes visuais na Argentina e Palabra de Artista: Textos sobre Arte Argentina, 1961-1981. Curadora de Impressão na Argentina (Rosário, Museu Castagnino), Cooperativa Gráfica (Buenos Aires, Fundo Nacional de Artes); La Protesta. Arte e política na Argentina (Guadalajara, Instituto Cultural Cabañas, juntamente com Laura Malosetti) e Coleção MAC: 9 xilogravuras da Argentina (Museu de Arte Contemporânea, Chile), entre outras exposições. Participou e foi organizadora de inúmeros eventos científicos e tem sido professora convidada em várias instituições nacionais e internacionais.



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