Naife, adj. nativo, grosseiro, que está por aperfeiçoar, bruto// F. fr. Naïf. Naïf, adj. ingênuo. Arte naïf seria, portanto, uma arte grosseria, que está por aperfeiçoar, ingênua? Historicamente, o termo no chegou via arte moderna, por meio de pinturas de cunho "ingênuo, bruto, não sofisticado" de autoria do alfandegário Henri Rousseau, expostas no Salão dos Independentes, em Paris, a partir de 1886. Os inquietos artistas, da virada do século XIX, buscavam novos caminhos, inspirando-se na força trasmitida pelos trabalhos de povos primitivos, de crianças e de loucos. E, a partir de Rousseau, também no imediatismo, na sedutora leitura da arte que denominaram de "naïf". |
Eis um convite para um percurso que se desenvolve numa espécie de jardim escultórico. Aqui as obras passam a ser corpos, que brotam do chão e do teto e se plantam no espaço, dispostas a partir de princípios, atitudes ou motivos que as definem.
A exposição se estrutura em dois caminhos possíveis, que se entrecruzam e se entremeiam. Danças da Forma abriga um grupo de obras cuja tridimensionalidade toma forma a partir de um desejo de movimento, de gestualidade. Histórias da Forma implica uma alusão a narrativas, a comentários, a uma busca de sentido intermediada na construção artística.
Esses caminhos bifurcam-se no início e se reencontram pelo espaço expositivo adentro. |
Auto-Retrato: Espelho de Artista enfoca movimentos e particularidades do uso da auto-imagem na arte, durante aproximadamente um século de história, do final do século XIX ao início do século XXI. Nesse percurso, a tradição se alia à ruptura, em movimentos de mudança e acomodação que se ligam ao sentido do conceito de auto-retrato e dos contextos que o envolvem.
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