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Ver e ler - Programa educativo para jovens e adultos iletrados no MAC

Terças-feiras, das 19 às 21 horas
Público alvo: alunos de cursos noturnos de alfabetização
Informações e agendamento: 11 26480258 ou edumac@usp.br

O projeto pretende aproximar dos museus e instituições culturais os jovens e adultos em processo de alfabetização, estimulando-os a usufruir e se beneficiar dos espaços culturais com autonomia e confiança em suas próprias observações, instigando o retorno às atividades com seus familiares e colegas de trabalho.

Objetivo e descrição sumária

O “analfabetismo”, termo utilizado para nomear o estado das pessoas que são privadas dos códigos da escrita e da leitura estão além da ausência desse conhecimento, uma vez que ele revela uma realidade social que impede o desenvolvimento pessoal, social, econômico e cultural dos indivíduos, atingindo as categorias da população de todas as idades. Segundo o relatório de 2012 da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), organizada pelo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base em dados de 2011, o Brasil tem 12,9 milhões de pessoas analfabetas. De acordo com a pesquisa, o número de pessoas com mais de 15 anos que não conseguem sequer escrever um bilhete diminuiu apenas 1,1% em rela&çãoo a 2009. A taxa registrada em 2011 foi de 8,6%. Em 2009, essa taxa chegava a 9,7%. Diante dessa realidade, esse projeto pretende aproximar dos museus e instituições culturais os jovens e adultos em processo de alfabetização, tornando esses espaços acessíveis a esse público para que ocupem seu lugar na sociedade como indivíduos capazes de usufruir e de se beneficiar das atividades propostas por esses espa&ços. O programa tem como proposta a duração de dois anos como projeto piloto e, posteriormente, tornar-se um projeto permanente de atendimento aos alunos de EJA (Educação de Jovens e Adultos)e MOVA (Movimento de Alfabetização) no museu, no período noturno.

Objetivos:
- Conhecer os museus e as instituições culturais como locais de prazer, de reflexão, de trocas, de conhecimento e de experiência;
- Apresentar o museu como espaçoo cultural a serviço de todos, incluindo os jovens e adultos em alfabetização ou com pouca escolaridade em um processo de apropriação dos equipamentos culturais, estimulando-os a ocupar o seu lugar na sociedade;
- Visitar as exposições, acompanhados pelos professores, estimulando a autonomia e a confiança em suas próprias observações;
- Favorecer o retorno às exposições com seus familiares e colegas de trabalho.

Ações e detalhamento das atividades

Esse projeto propõe o desenvolvimento de um programa de visitas orientadas às exposições organizadas por esta instituição para jovens e adultos em processo de letramento, baseado na metodologia de alfabetização de Paulo Freire e em diversas pesquisas atuais que apontam para a urgência de trabalhos voltados para esse público, de forma a torná-los cidadãos participativos no contexto cultural da cidade. O programa engloba a preparação para uma visita às exposições dos museus com visitas orientadas e a continuidade do trabalho em sala de aula. Sendo assim, os educadores envolvidos nesse projeto irão atuar no espaço expositivo e em sala de aula no período noturno, para que haja um envolvimento com o grupo e o acompanhamento do programa, garantindo a continuidade do processo de aprendizagem promovido pela parceria entre a equipe educativa responsável pelo projeto e os educadores do grupo de alfabetização. Dessa forma, para desenvolver esse projeto planeja-se a aproximação e desmistificação das instituições culturais, organizando-se um programa de visitas aos locais selecionados. As aulas preparatórias à visita e as subsequentes serão oferecidas no espaço dos cursos de alfabetizaço no período noturno. As visitas serão orientadas pelos mesmos educadores que prepararam o grupo para que haja uma interação entre o educador e o grupo, agendadas, quinzenalmente ou mensalmente, dependendo da programação em andamento, no horário das aulas, devido à falta de disponibilidade de horário e, dependendo do envolvimento dos alunos com a proposta, também aos finais de semana. Para essas visitas serão elaborados jogos e material de apoio, favorecendo uma experiência lúdica e o registro da experiência a ser revisto, posteriormente, em sala de aula. Esses alunos terão acesso livre às exposições e às instituições culturais, como os grupos escolares e após a visita serão convidados para voltarem à mostra com seus familiares.

Estrutura:
- encontro semanal com os alunos nas salas de aula realizados pela educadora responsável e os estagiários do programa;
- reunião preparatória da visita dos alunos do projeto com os estagiários que farão a visita com os grupos para envolvê-los no projeto e favorecer o aprendizado de atendimento aos grupos não alfabetizados;
- visitas ao MAC realizadas pelos estagiários do programa de visitas orientadas, acompanhados dos estagiários do programa e educadora responsável;
- reunião mensal com os coordenadores e professores das salas de EJA;
- avaliações com os alunos

Finalidade e relevância para a formação dos alunos envolvidos

Em uma sociedade onde a escrita domina, e a valorização social reside no grau de escolaridade, as pessoas privadas do código da leitura e da escrita geralmente guardam essa dificuldade como um segredo. E, dessa forma, continuam fora da sociedade, tendo uma participação deficitária e limitada tanto na parte profissional quanto na cultural e de lazer. O direito à cultura é um dos direitos básicos do indivíduo, expresso na declaração dos Direitos Humanos e o exercício pleno desse direito é condição essencial para a construção da cidadania. Ao aproximarmos os estudantes da Universidade dessa situação de exclusão na qual os jovens e adultos em processo de letramento se encontram, acredita-se que esses educandos sentir-se-ão desafiados a continuar com uma aprendizagem permanente de forma responsável, crítica e consciente em direção a formação de cidadãos capazes de usufruir do direito à cultura.

Resultados esperados / Indicadores de acompanhamento

Estar envolvido em um projeto que pretende aproximar o público extremamente excluído das instituições culturais por falta do aprendizado da escrita poderá suscitar experiências de cooperação entre os estudantes e os alunos não escolarizados e as instituições locais e regionais, incentivando a criação de programas em parceria com os diferentes cursos de alfabetização oferecidos na cidade para que eles possam vir a trabalhar ou apresentar projetos.

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