28 MAI 2016 - 10 JUL 2016
Entrada Gratuita

 

Vesica Piscis | Laban em Fluxo


HENRIQUE SCHULLER E MARIA MOMMENSOHN
VESICA PISCIS

Para esta criação vislumbramos um pensamento comum: produzirmos um acontecimento artístico sem deixar de considerar nossas características individuais. Para assim relacioná-las com o objetivo de experimentarmos aquilo que emerge no lugar do entre os traços corpo-mentais que nos marcam como criadores-intérpretes. Àquilo que não mais se refere só a Maria e só a Henrique, mas àquilo que se produziu; se produz e se reproduzirá artisticamente entre nós, atualizando-se continuamente na duração deste processo. Neste contexto, nossa concepção começa com o que ocorre a partirda contaminação de ideias que se aproximam, interagem e estabelecem relações modificadoras de ambos.

Quaisquer emergências da dimensão poética nesta criação só foram, são e serão possíveis a partir de nossa percepção acerca das nossas afinidades conectivas como criadores-intérpretes e daquilo que o espaço se nos apresenta em termos de problematizações. Este último, condicionado em suas dimensões: cinética, dos elementos intrínsecos à linguagem da dança; à questão arquitetural (por ser o ato locado numa galeria de arte com suas especificidades); seu tratamento plástico-visual (objetos, luzes, cores, projeções, figurino); sua ressonância (sonoridades: vocalizações, ruídos, músicas eletroacústicas) e sua dimensão política (encontro com o público). Nosso interesse está na aproximação e na contaminação entre estas dimensões territoriais, que só se completarão efetivamente em cada performance, que propõe um exercício composicional para a construção de espaços outros, intensivos e extra cotidianos, povoados de corpos-fluxos-dançantes, sendo estes transicionais num espaço-tempo contextualizadoa partir de proposições topológico-cinético-virtuais.

A escolha do conceito que dá título a esta obra, passa pela necessidade de tornar explícito no movimento o caráter plástico compartilhado em ambas as linguagens: artes plásticas e dança. Um contínuo movimento em fluxo, em tempo, espaço e presença, tratará a dança a partir de nossa atualização do que Laban elaborou em sua teoria acerca da relação plástica e dinâmica do espaço dentro dos corpos, da interioridade, como também, das sensações com o espaço fora, das sensações tornadas visíveis, das ações no ambiente, da exterioridade.

A nossa intenção com esta dança-instalação é proporcionar uma experiência cinética de um espaço dinâmico, porque na medida em que o público se move novos aspectos do espaço vão se revelando. As imagens que se produzirão neste acontecimento artístico, criam feixes de formas, sombras e linhas, reflexos e tensões nos quais o público poderá vivenciar no nível sensorial o conceito das Harmonias Espaciais. Neste ambiente imersivo serão realizadas performances em dança, onde a plateia estará inserida no mesmo plano da cena, alternadas com momentos, no qual o público poderá interagir com todos os elementos poéticos, propondo, subjetivamente, singularidades a partirda construção de suas próprias trajetórias cinéticas e poéticas.

Intérpretes criadores: Henrique Schuller e Maria Mommensohn
Direção coreológica: Henrique Schuller
Vídeocenografia: Lina Lopes
Edição de vídeo: Giovanna Casimiro
Cenografia: Guilherme Isnard
Figurino: Nani Brischi
Iluminação: Décio Filho
Assistentes de iluminação: Alexandre Muniz
Direção musical e instalação Musical: Klaus Wernet
Compositores intérpretes: Klaus Wernet, Felipe Guterres e Renato Bon
Duração: Nos seis dias da instalação,a partir das 13hs até o fechamento do museu.
Classificação indicativa: 12 anos

 

 





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