Comentários sobre Os sapos
3º verso: os sapos: No 1º Tempo Modernista,
o uso do poema-piada visando desmoralizar o academismo, a retórica melosa
e o preciosismo vocabular é uma das tendências predominantes.
9º verso:
tanoeiro: Referência sutil a Olavo Bilac, um dos medalhões da poesia
brasileira que cultua a forma, a palavra esnobe, a métrica rigorosa e
a rima rica ou rara.
20º verso:
apoio: consoante de apoio: é o nome que se dá à consoante
que forma sílaba com ultima vogal tônica de um verso. Exemplos
no próprio texto: joio, apoio.
24º verso:
forma: O empenho dos parnasianos em esculpir o verso era tal, que acabaram determinando
um receituário de artesanato poético, onde a forma (ó aberta)
se transforma em forma (ô fechado)
35º verso: joalheiro: Alusão direta à "Profissão de Fé", onde Bilac compara a função do poeta à de um ourives-joalheiro.
Penúltimo verso: cururu: O sapo autêntico, verdadeiro, sem empostação acadêmica, destituído de verborréia.
Fonte:
RODRIGUES,
A. Medina (et al). Antologia da Literatura Brasileira: Textos Comentados.
São Paulo: Marco, 1979, vol. 2, p. 58-60.