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Os Sapos Manuel Bandeira, 1918 Enfunando os papos,
Em ronco que aterra,
O sapo-tanoeiro, Vede como primo O meu verso é
bom Vai por cinquüenta
anos Clame a saparia |
Urra o sapo-boi: Brada em um assomo
Ou bem de estatuário.
Outros, sapos-pipas
Longe dessa grita,
Lá, fugido
ao mundo, Que soluças
tu, |
Manuel Bandeira, 1922 Nanquim s/ papel 15,8 x 11,7 cm Doação MAMSP |
"Os Sapos" é um poema escrito por Manuel Bandeira, em 1918, e publicado em 1919. Destaca-se em sua obra por ter sido declamado por Ronald de Carvalho durante a Semana de Arte Moderna de 1922, evento de que Bandeira não participa, efetivamente. Ronald de Carvalho, em meio a vaias do público, lê o poema, que é uma sátira ao Parnasianismo, corrente estilística da época. Manuel Bandeira joga com as palavras à maneira dos parnasianos, colocando pontos essenciais e características importantes defendidas e cultuadas por eles; isto é: sonoridade, métrica regular etc. Repare na sonoridade em Os sapos, Manuel Bandeira, e em Via Láctea, de Olavo Bilac. Leia também, de Manuel Bandeira, o poema intitulado Auto-Retrato.
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Professor, veja alguns comentários sobre as críticas aos Parnasianos implícitas na poesia Os Sapos.
Texto
da poesia "Os Sapos":
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