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4 em 1 - museus da usp

apresentação

O que é um museu universitário? Para que serve e como funciona? Foi a partir dessas perguntas que os quatro museus estatutários da Universidade de São Paulo se reuniram para elaborar o projeto de pesquisa intitulado Coletar, identificar, processar e difundir: o ciclo curatorial e a produção de conhecimento. Aprovado pela FAPESP, em novembro de 2017, reuniu o Museu de Arte Contemporânea, o Museu Paulista, o Museu de Arqueologia e Etnologia e o Museu de Zoologia, além do Instituto de Física - todos da USP - e o Instituto de Artes da Unicamp.

Ao longo de cinco anos o projeto investigou o chamado ciclo curatorial que compreende compreende uma série de procedimentos adotados pelos museus no trato de suas coleções, tais como a coleta ou aquisição, a identificação, o tratamento físico e informacional, bem como a sua difusão por meio de publicações, palestras, ação educativa e exposições. Buscou-se discutir de que modo cada uma dessas instituições de pesquisa lida com suas coleções - sejam obras de arte, objetos etnográficos, animais, livros, artefatos de uso cotidiano e/ou documentos textuais textuais -, tentando apontar suas particularidades, mas também os pontos em comum que os unem em suas diferentes especialidades.

O projeto foi desenvolvido por pesquisadores principais e associados e por estudantes, em nível de pós-graduação, com o auxílio do corpo técnico das várias instituições. A equipe foi formada por 117 pessoas, distribuídas entre 12 subprojetos que constituíram estudos de casos capazes de evidenciar as várias dimensões do ciclo curatorial.

Para marcar o momento de encerramento das atividades deste grupo de pesquisa, o MAC USP recebe esta exposição, preparada conjuntamente pelas instituições participantes para divulgar os processos de trabalho e o significado da curadoria em museus universitários. A exposição se inicia com um vídeo produzido pelo artista Tadeu Jungle que trata das noções de “museu” e “curadoria” e apresenta os quatro museus da USP. A seguir os visitantes são convidados a observar quatro estudos de caso que mostram o tratamento dado por cada um dos museus a um ou mais objetos de suas coleções, de modo a apresentar as etapas da curadoria nesses contextos. Cada estudo traz objetos e documentos identificados pelos números 1, 2-3 e 4. Eles indicam as etapas fundamentais que caracterizam, em áreas de conhecimento diferentes, a curadoria, a saber: 1.coletar; 2.identificar; 3.processar; 4.difundir.

Os números 2 (identificar) e 3 (processar) aparecem juntos, pois observa-se que essas etapas podem ser concomitantes em algumas áreas de conhecimento.

Por fim, cabe-nos destacar essa exposição como uma importante ferramenta de divulgação científica, que pretende contribuir para o reconhecimento dos museus da USP como centros de pesquisa de excelência e produção de conhecimento perante a comunidade universitária e a sociedade.

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museu de arte contemporânea

O Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) é um museu universitário público, de pesquisa e formação, com um acervo de 10 mil obras de arte dos séculos 20 e 21, de importância nacional e internacional. Suas atividades curatoriais desenvolvem-se a partir da reflexão crítica fundamentada na pesquisa interdisciplinar em história, teoria e crítica da arte moderna e contemporânea, determinantes para seu colecionismo.

Criado em 1963 na USP, a partir da transferência das coleções do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), o MAC USP possuía originalmente um conjunto de aproximadamente 1700 obras de arte moderna, parte das quais adquiridas pelo industrial Francisco Matarazzo Sobrinho e sua esposa, Yolanda Penteado, haviam adquirido entre 1946 e 1947 para fundar o MAM, mas que foi ganhando corpo através das edições da Bienal de São Paulo nos anos 1950.

O primeiro diretor do Museu, o professor de história da arte, Walter Zanini, teve o papel fundamental de inseri-lo no circuito internacional de discussões contemporâneas ao incorporar obras de arte conceitual, videoarte, arte postal, fotografia, livros de artista e instalações. Desde então, as coleções do MAC USP continuaram a ampliar-se por meio da articulação de sua política de doações e comodatos e suas exposições. Mais recentemente o Museu deu início ao colecionismo em arte digital, reafirmando suas diretrizes de pesquisa no que se refere à produção contemporânea e apostando no caráter experimental que o caracterizou desde sua fundação.

Em 2012, o MAC USP instalou-se no chamado Palácio da Agricultura, um dos edifícios projetados por Oscar Niemeyer, no Parque Ibirapuera, para celebrar o IV Centenário da cidade de São Paulo, em 1954. Dessa forma, seu acervo artístico tem hoje um espaço digno para sua apresentação e fruição por parte do grande público, conquista que marca seus 60 anos de existência que se completam em 2023.

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museu de arqueologia e etnologia

O Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (MAE USP) teve sua origem nas coleções de arqueologia e etnologia do Museu Paulista ainda no século XIX, além de outras instituições tais como os antigos Museu de Arqueologia e Etnologia, Instituto de Pré-História e o acervo etnográfico Plínio Ayrosa da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas também da USP.

O acervo do MAE USP, de aproximadamente 1 milhão de itens, é formado por coleções arqueológicas e etnográficas provenientes de diversas sociedades indígenas do Brasil e da América do Sul, sociedades do Mediterrâneo e Médio-Oriente na antiguidade, da África e afro-brasileiras. Possui uma biblioteca especializada em temas correlatos e abriga dois programas de pós-graduação: Museologia e Arqueologia. Suas coleções crescem diariamente por meio de pesquisas de campo, especialmente na área de arqueologia brasileira, além de receber doações de colecionadores e especialistas que o colocam como uma instituição referência no país e na América Latina.

O ciclo curatorial do MAE atende às exigências de uma cadeia operatória relacionada às ações de documentação, conservação e restauro, exposições e educação mobilizando com qualidade e dedicação todo o seu corpo docente e técnico. Além disso, o MAE USP atua também a partir da consolidação de laboratórios de pesquisas relacionados às temáticas de seu acervo e que são liderados por docentes da instituição.

O MAE USP vem consolidando a sua atuação junto à sociedade com ações de comunicação museológica dirigidas a diferentes públicos, que buscam ampliar a nossa inserção como uma instituição que preserva, pesquisa e difunde o patrimônio arqueológico e etnográfico. Ressaltamos ações de exposições colaborativas realizadas junto a comunidades indígenas que trazem novas perspectivas para o processo curatorial, foco de nossa exposição.

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museu paulista

O Museu Paulista, mais antigo museu de São Paulo, foi criado em 1893 como um museu de história natural a partir de coleções particulares adquiridas pelo Governo Provincial de São Paulo. Em 1894, o Governo tomou a decisão de transferir as coleções para o recém construído monumento à Independência, no bairro do Ipiranga. As coleções foram transferidas para o edifício já na gestão do primeiro diretor do Museu, o zoólogo alemão Hermann von Ihering. Em 1895, o edifício construído para ser um monumento arquitetônico à Independência foi aberto ao público como Museu Paulista, com salas transformadas em laboratórios, áreas de estudos e exposições. Por sua localização, passou a ser conhecido como Museu do Ipiranga. Em 1923, o Museu Paulista estabeleceu uma extensão na cidade de Itu, o Museu Republicano de Itu, considerado monumento nacional. O Museu Paulista foi à USP em 1963.

Desde a sua abertura, a vocação da instituição combina pesquisa e educação. Ao longo do século 20, os acervos de botânica, zoologia, arqueologia e etnologia foram transferidos para outros museus e institutos ou deram origem a novas instituições. A partir de 1990, o Museu se tornou Museu de História especializado em Cultura Material. Seu acervo, em permanente crescimento, compreende cerca de 450 mil itens, entre documentos tridimensionais, iconográficos e textuais. Suas linhas de pesquisa abarcam a história do cotidiano e o espaço doméstico, a história do imaginário e a produção e usos de representações de sujeitos e paisagens, e o universo do trabalho, com foco nos objetos e processos que configuram artes e ofícios na sociedade industrial.

Hoje, o Museu Paulista compreende os edifícios históricos do Ipiranga e de Itu como suas sedes expositivas, que se somam a outros imóveis que abrigam acervos, laboratórios, bibliotecas e áreas administrativas em um amplo complexo. O novo programa expositivo inaugurado em setembro de 2022 apresenta antigos e novos acervos adquiridos e os resultados das pesquisas realizadas nos últimos 30 anos.

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museu de zoologia

O Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZ USP) tem uma coleção centenária oriunda do acervo zoológico do Museu Paulista. Recebeu uma sede própria, em 1940, no local em que hoje se encontra, sendo o primeiro edifício construído para abrigar um museu no Brasil. Em 1969, foi incorporado à Universidade de São Paulo. Hoje, o Museu de Zoologia abriga uma das maiores coleções de animais brasileiros do mundo. São cerca de 11 milhões de exemplares usados como base para a descrição de entes naturais conhecidos como espécies.

Os museus de história natural se originaram do estímulo em conhecer a diversidade de animais e plantas do planeta, reforçado pelo contato com exemplares de terras cada vez mais distantes. A reunião desses objetos (COLETAR) impulsionou o gerenciamento de informação (PROCESSAR/IDENTIFICAR) nas coleções que originaram os museus e a própria disciplina da história natural.

O conhecimento oriundo do estudo de coleções possibilitou, por exemplo, a introdução de novas variedades de animais e plantas em nossas atividades econômicas, em nossas culturas bio-inspiradas e também o estudo sobre a origem de pandemias (DIFUNDIR).

Os museus seguem fazendo o que sempre fizeram sob novas perspectivas: coletar, identificar, processar e difundir, ajudando a transformar, pelo conhecimento, o mundo em que vivemos. Com nosso planeta abrigando mais de 8 bilhões de seres humanos, exercendo enorme pressão sobre ambientes naturais, a urgência do presente nos coloca diante de um grande desafio.

O Brasil abriga sozinho 20% da biodiversidade do planeta, mas destrói ambientes naturais em taxas alarmantes. Precisamos descrever e estudar espécies para tentar mitigar as ações humanas que provocam extinções. O Museu de Zoologia tem contribuído de forma relevante nesta tarefa.

Para ilustrar nossas atividades curatoriais, trouxemos um exemplo emblemático: a pesquisa sobre as formigas de São Paulo. O diminuto tamanho desses animais é diametralmente oposto ao gigantismo de sua diversidade, abundância e complexidade comportamental. A partir do desafio de lidar com a curadoria de coleções e pesquisa nas escalas paradoxais das formigas, convidamos você a conhecer melhor o que faz o Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo.

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