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Um dia terá que ter terminado 1969/74, é a segunda de uma série de três exposições especiais, concebidas pelas curadoras da Divisão de Pesquisa em Arte, Teoria e Crítica. A série, que reflete sobre a constituição do acervo do MAC USP durante a ditadura militar, aponta para o Museu como um dos poucos espaços de resistência ao cerceamento da livre expressão no país, característico daqueles anos.

Um dia terá que ter terminado 1969/74, em especial, flagra, no momento mais negro do período ditatorial, como o MAC USP conseguiu se constituir em um dos maiores pólos de recepção/produção de arte contemporânea do Hemisfério Sul, transformando o próprio conceito tradicional de museu. O MAC USP, sobretudo a partir daqueles anos, deixou de ser apenas o templo onde a arte devia ser cultuada para transformar-se também em um espaço em que ela era produzida, discutida e ressignificada.

Caminhando pela mostra, o visitante encontrará os primeiros exemplares de propostas artísticas que problematizavam a visão estetizante da arte — mesmo aquela moderna —, apresentando alternativas desestabilizadoras que propositadamente borravam os limites entre museu e praça pública, entre arte e vida.

Neste momento em que o MAC USP se reinventa, preparando-se pra reassumir o papel que cumpriu junto à cidade e ao país, rever criticamente seu acervo, repensando-o a partir da realidade concreta das proposições e obras hoje pertencentes à sua coleção — e sempre à luz da História — é enfatizar o crédito no devir de si próprio e da comunidade que o abriga e lhe confere sentido.

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