VIII Seminário

 Evento encerrado, agradecemos a todos que participaram do VIII Seminário Arte, Cultura e Fotografia: a imagem e os seus suportes!



Programação atualizada com alteração na mesa 1, do dia 11.10.
Local: MAC USP Nova Sede (Antigo Prédio do Detran)
07 a 11.10.2013 

Horário
7 de Outubro
Segunda-feira
8 de Outubro
Terça-feira
9 de Outubro
Quarta-feira
10 de Outubro
Quinta-feira
11 de Outubro
Sexta-feira













16h30
às
18h30
Mesa 1 - Comunicação
Marcos Florence –Mestrando -UERJ
 Aspectos institucionais da crítica e da história da arte no Brasil oitocentista: IHP, IHGB e Academia Imperial de Belas Artes.
Mesa 1 - Comunicação
Fernanda Pitta – Grupo de Estudos Arte&Fotografia
Sobre a linguagem visual de Caipira picando fumo eAmolação Interrompida, de José Ferraz de Almeida Júnior. 
Mesa 1 - Comunicação
Profa. Dra. Andrea Barbosa -UNIFESP
São Paulo: memória corpo cinematográfico 
Mesa 1 – Comunicação
Profa. Dra. Ana Hoffmann - UNIFESP
Geraldo Ferraz: jornalismo cultural, crítica literária, crítica de arte e literatura
Mesa 1 - Comunicação
Prof. Dra. Paula Braga – UFABC
A imagem na obra de Hélio Oiticica 
Mesa 2 - Comunicação
Alice Guimarães – Mestre  -UFRJ 
Descanso do modelo:trajetória e repercussão da pintura de gênero brasileira no final do século XIX. 
Mesa 2 - Comunicação
Prof. Dr. Renato Palumbo - UFU
A sobrevivência dos gêneros: anacronismos e invisibilidades da arte no Brasil.
Mesa 2 - Comunicação
Prof. Dr. Rogério Câmara -UnB
Poesia concreta: programação, projeto
Mesa 2 - Comunicação
Ana Cândida de Avelar -
Grupo de Estudos Arte&Fotografia
Especificidade dos meios ou gestualidade compartilhada? Lourival Gomes Machado e a fotografia. 
Mesa 2 - Comunicação
Paula Alzugaray -
Doutora -PUC-SP
On subjectivity: uma tradução. 
18h30
às 19h00 
INTERVALO



19h00
às
21h00
Conferência
Lorenzo Mammì 
“Fotografia, pintura, paisagem” 
Depoimento
Nino Cais
Conferência
Ricardo Mendes
“Pensamento crítico em fotografia no Brasil (1890-1930): referências em construção”
Depoimento
Fabio Miguez
Conferência
Kaira M. Cabañas
“Jorros espasmódicos de luz branca sobre uma esfera”
Crítico
Carolina Soares -
Grupo de Estudos Arte&Fotografia
Crítico
Tadeu Chiarelli

VIII Seminário Arte, Cultura e Fotografia debate a imagem e seus suportes


Oitava edição do Seminário acontecerá no Auditório MAC USP Nova Sede de 07 a 11 de outubro e trará comunicações de pesquisadores de universidades do Rio de Janeiro, de Uberlândia, de Brasília e de São Paulo, além de conferências de Lorenzo Mammì, Ricardo Mendes e de Kaira M. Cabañas e depoimentos dos artistas Nino Cais e Fabio Miguez com comentários de Carolina Soares e Tadeu Chiarelli.


De 16 de setembro até 05 de outubro estarão abertas as inscrições para o VIII Seminário Arte, Cultura e Fotografia: a imagem e seus suportes, que acontece em novo horário -  das 16h30 às 21h  - e espaço: o Auditório do MAC USP Nova Sede. O já tradicional Seminário no calendário das Artes e da Fotografia é organizado pelo Grupo de Estudos Arte&Fotografia do Departamento de Artes Plásticas da ECA-USP,  coordenado pelo Prof. Dr. Tadeu Chiarelli, que em 2014 completa 10 anos.

 Nessa edição a programação tem como foco o debate sobre o tema “a imagem e seus suportes” e começa sempre às 16h30, com a primeira mesa de comunicações do dia, seguida da segunda mesa, e na sequencia, debate com o público até às 18h30, antes do intervalo. Das 19h às 21 h, acontecem, alternadamente, conferências (dias 7, 9 e 11) e depoimentos de artista, seguidos de comentários de críticos (dias 8 e 10).

No dia 07 de outubro, Marcos Florence, mestrando do Instituto de Artes da UERJ, e Alice Guimarães, mestre em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes, da UFRJ (EBA/UFRJ), compõem as duas primeiras mesas de comunicações, do VIII Seminário. Florence debaterá o caráter institucional das reflexões do pintor Manuel Araújo Porto-Alegre ressaltando a importância delas para o desenvolvimento da crítica de arte no Brasil oitocentista. Já Alice Guimarães enfoca a trajetória de recepção do quadro Descanso do modelo, de Almeida Júnior, como estudo de caso sobre a fortuna crítica da pintura de gênero brasileira no final do século XIX. Após o intervalo, tem início a conferência “Fotografia, Pintura e paisagem”, do crítico de arte Lorenzo Mammì, que encerra os trabalhos do primeiro dia do VIII Seminário. Mammì falará sobre a representação do espaço urbano tomando como ponto de partida a noção de terrain vague para investigar seus significados possíveis no campo da fotografia e da pintura.

No dia 08, as mesas de comunicações são compostas pela historiadora da arte Fernanda Pitta, doutora em Artes Visuais pela ECA-USP, membro do Grupo de Estudos Arte & Fotografia, e pelo Prof. Dr. Renato Palumbo (Universidade Federal de Uberlândia – UFU). Fernanda falará sobre as obras Caipira picando fumo e Amolação Interrompida, de José Ferraz de Almeida Júnior, com foco na utilização de expedientes técnicos, além da interpretação do significado e usos de determinada linguagem visual na representação de algumas características associadas à figura do homem camponês e de seu modo de vida. Palumbo traz para o VIII Seminário um debate acerca do deslocamento do olhar na construção de Histórias da Arte descentralizadas, dando voz a obras aparentemente marginais aos discursos já estabelecidos para a História da Arte no Brasil. Na segunda parte do VIII Seminário, o artista Nino Cais fala sobre sua trajetória, com comentários de Carolina Soares, doutora em Artes Visuais pela ECA-USP, membro do Grupo de Estudos Arte&Fotografia, curadora da mostra Ficções do artista, no Centro Cultural Banco do Nordeste (Fortaleza, 2012).

No terceiro dia (09.10), o VIII Seminário terá as comunicações da antropóloga Andrea Barbosa, professora do Departamento de Ciências Sociais da UNIFESP, sobre a relação entre cidade, cinema e memória a partir de filmes que enfocam a cidade de São Paulo; e do Prof.Dr. Rogério Câmara (UnB), a respeito de contribuições teóricas da poesia concreta, a serem analisadas sob o ponto de vista do projeto.  Após o intervalo o pesquisador de fotografia Ricardo Mendes apresenta a conferência “Pensamento crítico em fotografia no Brasil (1890-1930): referências em construção”, a partir do projeto Antologia Brasil, 1890-1930, publicação lançada em julho de 2013, com foco na obra do ensaísta francês Robert de la Sizeranne (1866-1932), colaborador regular da Revue des Deux Mondes (1829).

Dia 10, a profa.Dra. Ana Hoffmann (UNIFESP -Guarulhos) e Ana Cândida de Avelar, doutora em Artes Visuais pela ECA-USP, membro do Grupo de Estudos Arte&Fotografia, apresentam comunicações pautadas em suas teses de doutorado: Ana Hoffmann sobre a trajetória de Geraldo Ferraz como crítico, e Ana Cândida de Avelar, sobre postura crítica de Lourival Gomes Machado perante distintos meios, pontuando seu pensamento sobre a fotografia em contraposição ou diálogo com sua abordagem de produções em desenho, gravura e pintura.   Após a apresentação das comunicações, o artista Fábio Miguez fala sobre sua trajetória, com comentários do Prof. Dr. Tadeu Chiarelli.

O VIII Seminário se encerra dia 11 de outubro com as comunicações da Prof. Dra. Paula Braga (UFABC), sobre a imagem na obra de Hélio Oiticica, e da curadora independente, crítica de arte e jornalista Paula Alzugaray, sobre reedição do projeto On Subjectivity, de Antoni Muntadas, além da conferência “Jorros espasmódicos de luz branca sobre uma esfera”, da pesquisadora e pesquisadora visitante da PUC-Rio, Kaira M.Cabañas,  que foi diretora do Programa de Mestrado em Arte Moderna do Departamento de História da Arte, da Columbia University, New York, entre 2009 e 2013. A conferência é pautada no próximo livro da pesquisadora “Off Screen Cinema: Isidore Isou and the Lettrist Avant-Garde” e na análise do filme do letrista Gil J Wolman, L’Anticoncept (1951).

SERVIÇO:

VIII Seminário Arte, Cultura e Fotografia: a imagem e seus suportes
Patrocínio: Capes
Colaboração MAC - USP
Realização: Escola de Comunicações e Artes da USP
Organização: Grupo de Estudos Arte&Fotografia  www.geartfoto.blogspot.com
Local: Auditório MAC USP Nova Sede (Antigo prédio do Detran) 
Capacidade: 100 lugares
Avenida Pedro Alvares Cabral, 1301;  Tel.: 5573-9932 
Horário: 16h30 às 21h (intervalo: 18h30 às 19h)
Inscrições:  De 16 de setembro a 05 de outubro de 2013, ou até preenchimento das vagas (limitadas)
Taxas: PÚBLICO EM GERAL: R$ 200,00 (5 dias, direito a certificado) e R$ 50,00 (avulsa, sem direito a certificado) ESTUDANTES: R$100,00 (5 dias, direito a certificado) e R$ 25,00 (avulsa, sem direito a certificado) .
Fichas de inscrição: disponível no blog www.geartfoto.blogspot.com, após preenchida, deve ser enviada para o e-mail: artefotografiausp@gmail.com. Mais informações: artefotografiausp@gmail.com


RESUMOS


Marcos Florence
 (Comunicação)

Aspectos institucionais da crítica e da história da arte no Brasil oitocentista: IHP, IHGB e Academia Imperial de Belas Artes.

Apontado pela historiografia como primeiro intelectual brasileiro a refletir sistematicamente sobre a produção artística nacional, o pintor Manuel de Araújo Porto-Alegre estabelece as bases conceituais que irão orientar os debates artísticos no país. Tomando como base os primeiros textos assinados pelo autor, e, confrontando-os com outros artigos anônimos e assinados publicados na imprensa fluminense, pretende-se investigar o caráter institucional depreendido das suas reflexões ressaltando a relevância desta prerrogativa para o desenvolvimento da crítica de arte no Brasil oitocentista. 


Marcos Florence é mestrando do Instituto de Artes da UERJ, bacharel em História pela USP. Atua como pesquisador autônomo realizando trabalhos para instituições públicas e privadas dedicadas à divulgação e à preservação do patrimônio artístico nacional. Como bolsista do Programa Nacional de Apoio à Pesquisa da Fundação Biblioteca Nacional, desenvolveu, em 2011, o projeto e Letras e Artes no Brasil: a consolidação da crítica no Segundo Reinado.


Alice Guimarães
(Comunicação)

Descanso do modelo: trajetória e repercussão da pintura de gênero brasileira no final do século XIX.

Esta comunicação enfoca a trajetória de recepção do quadro Descanso do modelo, de Almeida Júnior, como estudo de caso sobre a fortuna crítica da pintura de gênero brasileira no final do século XIX. A pesquisa parte do contexto de concepção do quadro, da formação acadêmica de Almeida Júnior, no Rio de Janeiro e em Paris, e suas possíveis referências visuais. Fundamentada na leitura de críticas veiculadas na imprensa entre 1882 e 1884 e na análise de álbuns fotográficos de obras expostas nos Salões oficiais franceses entre 1879 e 1882, a pesquisa procura responder em que sentido a escolha pela pintura de gênero incidiu sobre a resposta do público e se refletiu na produção de versões, reproduções e cópias do quadro, problematizando pontos caros à compreensão da relação entre público, crítica e obra de arte no Brasil dos oitocentos.


Alice Guimarães é Licenciada em Educação Artística e mestre em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFRJ (EBA/UFRJ). Em 2008, cursou um período letivo na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, em Portugal. Participou da equipe de monitoria da primeira Feira Internacional de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro (ArtRio), em 2011. É pesquisadora do projeto Construindo identidades, no departamento de Pesquisa e Documentação do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio).

Lorenzo Mammì
(Conferência)

Fotografia, pintura, paisagem.

A fotografia e a pintura recente convergem na representação de lugares insignificantes, terrenos baldios, pontos mortos, espaços de espera. Contrariamente à poética do "momento decisivo", em geral nada acontece nesses espaços e, mesmo quando há presença humana, não se enxerga uma ação claramente direcionada. Esse tipo de representação do espaço, partindo da fotografia, já foi tematizada por urbanistas e arquitetos com o nome de terrain vague. A conferência pretende retomar esse termo para investigar seus significados possíveis no campo da fotografia e da pintura.

Lorenzo Mammì é livre docente do Departamento de Filosofia da FFLCH/USP e crítico de arte e de música. Entre seus trabalhos mais recentes, o livro O que resta. Arte e Crítica de arte (Companhia das Letras, 2012) e a curadoria, junto com Heloisa Espada, da exposição Lugar Nenhum (Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro, 2013).


Fernanda Pitta
(Comunicação)

Sobre a linguagem visual de Caipira picando fumo e Amolação Interrompida, de José Ferraz de Almeida Júnior.

A comunicação propõe uma discussão a respeito de duas obras de José Ferraz de Almeida Júnior, consideradas representações paradigmáticas do caipira paulista, Caipira picando fumo e Amolação Interrompida. A partir de uma análise formal e estilística das obras, pretende-se discutir como o artista se apropria de alguns recursos formais da pintura naturalista, sobretudo da pintura francesa das décadas de 1870 e 1880, dando-lhes um uso bastante peculiar. Propõe-se observar, nessas obras, o uso de expedientes técnicos, de recursos característicos de certa linguagem visual, procurando interpretar o significado de seus usos, a fim de representar algumas características associadas à figura do homem camponês e de seu modo de vida.

Fernanda Pitta é Historiadora da Arte, doutora em Artes Visuais, pela ECA-USP. Membro do Grupo de Estudos Arte & Fotografia, ECA-USP. Foi professora conferencista no Bacharelado em Artes Visuais da ECA-USP, entre 2011-12. Realizou a curadoria das exposições Eleonore Koch – Mundo ordenado (CEUMA-USP, 2009) e Júnior Suci – Necessidade do objeto (CEUMA-USP, É autora de Estranha Esgrima - uma história da cultura em Walter Benjamin (IFCH-Unicamp, 1999), elaborou a cronologia crítica da publicação Lore Koch (CosacNaify, 2013). Colaborou com o projeto de pesquisa “Arte no Brasil — Textos Críticos do Século XX”, coordenado por Ana Maria Belluzzo (FAPESP, MFA-Houston). Publicou artigos sobre história da arte brasileira e historiografia da arte, além de escrever regularmente crítica de arte.

  
Renato Palumbo
(Comunicação)
 A sobrevivência dos gêneros: anacronismos e invisibilidades da arte no Brasil.

Os cânones instaurados pelas narrativas modernas e contemporâneas da História da Arte implicam simultaneamente em processos de apagamento e invisibilidade, relegando a um segundo plano um grande número de artistas e experiências estéticas ocorridas no Brasil. A busca por uma arte supostamente alinhada a seu tempo determinou assim variados processos de exclusão, sobretudo daquilo considerado como anacrônico. A presente pesquisa busca ir em direção contrária, dando voz a obras aparentemente marginais aos discursos já estabelecidos para a História da Arte no Brasil. Trata-se de pensar nas possibilidades positivas das heterocronias e dos deslocamentos do olhar, na  construção de Histórias da Arte descentralizadas.

Renato Palumbo é Doutor em Arquitetura e Urbanismo pela USP. Mestre em História da Arte e da Cultura pela UNICAMP. Professor Adjunto de História da Arte no Departamento de Artes (DEART) da Faculdade de Artes, Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (FAFCS-UFU). Entre julho de 2008 e agosto de 2009 foi Coordenador do Museu Universitário de Arte da Universidade Federal de Uberlândia (MUnA). Desde 2008 atua como Docente Permanente no Mestrado em Artes da UFU, onde orienta pesquisas no campo da História da Arte, tratando dos anacronismos e deslocamentos modernos e contemporâneos. Desde 2011 é membro da Comissão de Arte Sacra do Museu de Arte Sacra de Uberlândia e do CBHA (Comitê Brasileiro de História da Arte).

Nino Cais
(Depoimento)  

Nino Cais vive e trabalha em São Paulo. Realiza a primeira individual em 2001 na Faculdade Santa Marcelina (FASM), em São Paulo, intitulada A Trama Refeita.  Participou da mostra SP-Arte, realizada no Pavilhão da Bienal na capital paulista, em 2006. Em 2007, participou da coletiva Pinta, no Metropolitan Pavillon, em Nova York. Integrou a mostra Trilhas do Desejo, como artista selecionado para o Rumos Itaú Cultural 2008-2009.  Em 2012 expõe na 30º Bienal de São Paulo e realiza a individual  Ficções, no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza.


Carolina Soares
(Comentadora)
Carolina Soares é doutora em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Integra desde 2004 o Grupo de Estudos Arte & Fotografia da ECA/USP. É coordenadora de conteúdos da Base7 Projetos Culturais. Em 2012, realizou a curadoria da mostra Ficções de Nino Cais, no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza.

Andréa Barbosa
(Comunicação)

São Paulo: memória corpo cinematográfico.

A ideia que trago para reflexão é a de que o cinema pode operar ao mesmo tempo como um canibal de memórias e como pedra da memória. Canibalismo aqui pensado como o processo de apropriação e (re)significação das referências coletivas e individuais para criar algo novo, uma nova cidade possível. Já o cinema como pedra da memória faz referência ao seu retorno, aos indivíduos e grupos como referência primária para a construção de novas interpretações. Partindo, então, destas questões proponho um mergulho em alguns filmes nas quais a cidade de São Paulo figura como protagonista para pensar a relação entre cidade, cinema e memória.


Andréa Barbosa é antropóloga, professora do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Paulo/UNIFESP, desde 2006. Pesquisadora do Grupo de Antropologia Visual da USP, desde 1996. Autora dos livros São Paulo Cidade Azul (FAPESP/Alameda Casa Editorial, 2012), Antropologia e Imagem (Zahar, 2006) e organizadora e autora dos livros Escrituras da Imagem (FAPESP/Edusp, 2004) e Imagem-Conhecimento (Papirus, 2009). Dirigiu os documentários O resto é o dia a dia (2001, Prêmio Realidade Brasileira no Festival de Cinema Universitário do Rio de Janeiro), No canto dos olhos (2006), Em(si)mesma (2006, Prêmio da Associação Brasileira de Documentaristas no Festival Internacional do filme Etnográfico) e Caminhos da Memória: Miriam Moreira Leite (2007). Atualmente coordena o VISURB- Grupo de Estudos Visuais e Urbanos na UNIFESP e desenvolve pesquisa na área de Antropologia Visual e Antropologia Urbana.

  
Rogério Câmara
(Comunicação)

Poesia concreta: programação, projeto.
Poetas ligados ao movimento concreto buscavam aplicar à poesia uma estética universalizante, calcada na função produtiva e em estruturas construtivas. Definiram ação projetual, na qual delimitavam objetivos, estratégias e referencial teórico. Somou-se à observação do mundo, uma atitude participativa e combativa que desejou instigar um novo pensamento em que se estabelecia novo quadro teórico e poético no campo da comunicação e da linguagem. Nesta apresentação serão destacas algumas das contribuições teóricas da poesia concreta, a serem analisadas sob o ponto de vista do projeto.


Rogério Câmara é professor adjunto da Universidade de Brasília. Graduado em comunicação visual pela PUC - RJ, mestre e doutor em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Participa como docente do Programa de Pós-Graduação (PPG) Artes e do PPG Design, ambos da Universidade de Brasília. Realiza pesquisas sobre as relações entre escrita e cidade com ênfase na poesia visual e tecnologias.



Ricardo Mendes
(Conferência)
Pensamento crítico em fotografia no Brasil (1890-1930): referências em construção.

A partir do projeto Antologia Brasil, 1890-1930, publicação lançada em julho de 2013, o autor comenta o processo de reconstituição de uma trama de autores e fotógrafos estrangeiros que compõe matriz referencial no panorama local. A conferência enfoca em especial a obra do ensaista francês Robert de la Sizeranne (1866-1932), colaborador regular da Revue des Deux Mondes (1829). Estudioso da estética no contexto da contemporaneidade, reconhecido por seus estudos sobre John Ruskin, Sizeranne é menção recorrente na crítica fotográfica no Brasil entre as décadas de 1900 e 1930.


Ricardo Mendes é pesquisador em história da fotografia, graduado em cinema e arquitetura pela USP, mestre em Ação Cultural (ECA-USP). Atua na especialidade desde meados da década de 1990. É autor de livros sobre a história da fotografia no Brasil como Noticiário Geral da Photographia (2007, 2011), em co-autoria com Paulo Goulart, e Retratos do Imaginário de São Paulo (2001), entre outros. Atuou como pesquisador no Centro Cultural São Paulo, e, atualmente, integra equipe do Arquivo Histórico de São Paulo/SMC.
 

Ana Hoffmann
(Comunicação)

Geraldo Ferraz: jornalismo cultural, crítica literária, crítica de arte e literatura.
O crítico Geraldo Ferraz proveniente do jornalismo e da  literatura contribui para a difusão da crítica de arte e para o desenvolvimento do jornalismo na área cultural. Neste estudo de sua trajetória como crítico, enfatizamos a análise de suas reflexões sobre arte e seus posicionamentos estéticos.  


Ana Hoffmann é bacharel em História e mestre em História da Arte e da Cultura pelo Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp. Doutora em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da USP (ECA-USP). Atualmente é professora no Departamento de História da Arte da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo (EFLCH - Unifesp), responsável pela sub-área de História da Arte Moderna. Atua nas áreas de História da Arte Moderna no Brasil e História da Crítica de Arte Brasileira.


Ana Cândida de Avelar
(Comunicação)

Especificidade dos meios ou gestualidade compartilhada? Lourival Gomes Machado e a fotografia.
Reconhecidamente interessado pelas possibilidades do desenho, da gravura e da pintura abstrato-expressivos, cuja produção discute a partir de meados dos anos 1950, Lourival Gomes Machado defendeu a intuição e a subjetividade como fatores essenciais para a produção artística. Diante dessa concepção, a ideia de autor se fortalece por meio da exaltação do gesto como marca inegável do artista, que cria uma obra única, resultado de seu compromisso ético com a arte. Quando discute a fotografia, o crítico por vezes defende a especificidade visual em relação à pintura, por vezes, realça as qualidades gráficas do meio. Nesta comunicação, pretende-se investigar a postura de Gomes Machado perante distintos meios, pontuando seu pensamento sobre a fotografia em contraposição ou diálogo com sua abordagem das demais produções. 


Ana Cândida de Avelar é Doutora em Artes Visuais pela ECA-USP, com estágio doutoral na New York University, mestre em Literatura Brasileira pela FFLCH-USP. Foi professora conferencista no Bacharelado em Artes Visuais da ECA-USP, entre 2010 e 2013. Desde 2008 vem ministrado cursos sobre história e crítica de arte e ilustração de livros, no Museu Lasar Segall, Centro Cultural São Paulo, MASP, entre outros. Membro do Grupo de Estudos Arte&Fotografia do Departamento de Artes  Plásticas da ECA-USP.
 

Fábio Miguez
(Depoimento)

Fábio Miguez é gravador, pintor, ilustrador e fotógrafo. Faz curso de gravura e metal com Sérgio Fingermann, de 1980 a 82, mesmo período em que cursa arquitetura na FAU-USP.  Integra o ateliê Casa 7, em São Paulo, entre 1982 e 85. A partir de meados dos anos 1990, passa a se dedicar também à fotografia. Participa de diversas exposições individuais e coletivas a partir dos anos 80, inclusive de Bienais (Internacional de São Paulo, 1985/86, de Havana, 1986 e Bienal Brasil Século XX, 1994). Exposições realizadas no Centro Universitário Maria Antonia (2001), no Centro Cultural São Paulo (2003), na Pinacoteca do Estado (2004) e no Instituto Tomie Ohtake (2008), estão entre as suas individuais recentes.


Tadeu Chiarelli
(Comentador)

Tadeu Chiarelli é professor junto ao Departamento de Artes Plásticas da ECA-USP. Diretor do Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC-USP). Coordenador do Grupo de Estudos Arte&Fotografia.


Paula Braga
(Comunicação)

A imagem na obra de Hélio Oiticica
 
Paula Braga é professora de Estética no curso de Filosofia da UFABC. Com pós-doutorado pelo Instituto de Artes da UNICAMP, é doutora em Filosofia pela Universidade de S. Paulo e é mestre em História da Arte pela University of Illinois at Urbana-Champaign, EUA. Publicou recentemente "Hélio Oiticica, Singularidade, Multiplicidade" (Editora Perspectiva, 2013). Organizou o livro “Fios Soltos: a arte de Hélio Oiticica” (Editora Perspectiva, 2008) e tem artigos em revistas especializadas em arte como Third Text, Concinnitas, Arte al Dia International e Bravo!. Dentre suas curadorias destacam-se Silêncio (Zipper Galeria) e A Metafísica do Belo (Galeria Nara Roesler). É membro do ICI - Independent Curators International.




Paula Alzugaray

(Comunicação)



On subjectivity: uma tradução.

O projeto On subjectivity, concebido por Antoni Muntadas em 1978, articula questões como reedição de informações apropriadas de circuitos midiáticos ativação de arquivos, constituição de memória coletiva e aspiração de práticas coletivas em rede. Trata-se ainda de uma obra de estrutura aberta e participativa, que favorece sua tradução para os contextos de fotojornalismo brasileiro e das redes sociais na internet. A reedição do trabalho é, portanto, uma estratégia para analisar as mudanças de paradigmas que se  deram entre os contextos da arte postal e das redes sociais;  e entre as práticas de uma arte arquivística e de uma estética do banco de dados.



Paula Alzugaray é curadora independente, crítica de arte e jornalista especializada em artes visuais. Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP e Mestre em Ciências da Comunicação pela ECA-USP. É diretora de redação da revista cultural seLecT  e editora da seção semanal de artes visuais da revista Istoé. Autora do livro Regina Vater: Quatro Ecologias (Oi Futuro/Fase 3, lançamento previsto para novembro no RJ e SP). Curadora das exposições Circuitos Cruzados – Centre Pompidou Encontra o MAM, no MAM SP (Jan-Mar 2013); +2 - Katia Maciel e André Parente, na Caixa Cultural de Brasília (Setembro de 2012); Latin America Uncontained, na LOOP Fair Barcelona (Maio 2012), entre as mais recentes, além de autora  do documentário Shoot Yourself (2012), realizado durante residência no Centre International d’accueil et d’échanges des Récollets, em Paris, Prêmio em Poéticas Investigativas, no Cine Move Arte 2012. 





Kaira M.Cabañas

(Conferência)
Jorros espasmódicos de luz branca sobre uma esfera.
Esta conferência é decorrente do próximo livro de Kaira M. Cabañas Off Screen Cinema: Isidore Isou and the Lettrist Avant-Garde e analisa o filme do letrista Gil J Wolman L’Anticoncept (1951): um filme sonoro, sem imagens originalmente projetado em um balão meteorológico. O trabalho é situado historicamente em relação à teoria da “montagem discrepante” (montage discrépant) de Isidore Isou e ao primeiro filme de Guy Debord Hurlements en faveur de Sade (1952), também sem imagens. Será analisado como a banda sonora de L’Anticoncept encena uma quebra na linguagem comunicativa, enquanto os minutos finais afirmam a voz do corpo através de uma poesia que, de acordo com Wolman, usa todos os sons humanos”.

Kaira M. Cabañas é pesquisadora visitante, apoiada pela FAPERJ, no Departamento de Letras e no programa de Pós-Graduação em Literatura, Cultura e Contemporaneidade da PUC-Rio. Entre 2009-2013 foi professora e diretora do Programa de Mestrado em Arte Moderna do Departamento de História da Arte, da Columbia University, New York. É autora do livro The Myth of Nouveau Réalisme: Art and the Performative in Postwar France (Yale University Press, 2013) e trabalhou como curadora convidada da exposição Specters of Artaud: Language and the Arts in the 1950s (2012), no Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofía, em Madri.